O início musical da brasiliense Greice Ive deu-se com uma brincadeira de criança, aos cinco anos de idade. Seu pai, também músico, percebeu que a menina nascera com o dom que poderia torná-la uma das maiores revelações da Nova Música Popular. Na época, a pequena Greice acompanhava, fascinada, suas apresentações, fazendo participações especiais. Aos 13, a jovem cantora tornou-se atração musical em estabelecimentos na noite de Brasília, levando em seu repertório os maiores expoentes da nossa música. Este foi um momento especial em sua carreira, onde a artista amadureceu naquela confluência de talentos e estilos, que foram, aos poucos, delineando a personalidade musical que hoje a vem evidenciando no vasto universo da música brasileira.
Por volta dos 16 anos, foi convidada a participar como vocalista de uma das mais conceituadas bandas de baile do Centro-Oeste. Aceitou o desafio, expandindo seu repertório para além das fronteiras geográficas. Tal experiência foi um exercício de versatilidade, permitindo à artista adaptar-se aos mais variados estilos musicais.
- 1 ano atrás
Greice Ive emplaca duas músicas em trilhas sonoras de novelas globaisCantora começou a carreira em Brasília
Publicação: 21/09/2010 08:00 Atualização:
A música popular brasileira tem sido pródiga em revelar nesta década novas e belas vozes femininas. Algumas foram descobertas pelo grande público recentemente, embora suas donas venham tentando projetá-las há bem mais tempo. É o caso da brasiliense Greice Ive, intérprete de belo timbre que chegou aos ouvintes graças à trilha sonora de Passione, a novela de Silvio de Abreu exibida pela TV Globo na faixa das 21h.
É de Greice a voz que se ouve em Até você passar, canção que ela compôs em parceria com Dudu Falcão e Marco Brito, tema de Fátima, a adolescente romântica vivida pela jovem atriz Bianca Bin. A música caiu no gosto dos telespectadores e tem 250 mil page visualizações no YouTube e dezenas de clipes postados na internet. Bianca diz que ouvi-la a ajudou a compor a personagem.
Na semana passada, uma outra música interpretada por Greice foi parar em trilha sonora. Seu olhar, do compositor e cantor candango Paulo D’Jorge, pode ser apreciada na nova fase de Malhação. “Ninguém pode negar a importância das trilhas de novelas, que surgem como uma poderosa mídia. Quem consegue chegar a ela, com certeza, tem sua voz e seu trabalho ampliados”, comemora a cantora.
Greice, porém, não esconde a surpresa por ter emplacado essas duas canções em trilhas de novelas globais. “Soube que a produção da Globo tomou conhecimento das músicas por meio de um CD demo que extraí da gravação de um DVD feita no Teatro Rival (no Rio), depois distribuído entre amigos e profissionais do meio. Ao decidir pela inclusão delas nas trilhas de Passione e Malhação, entraram em contato com a C2 Produções, empresa que cuida dos meus interesses, solicitando a liberação”, conta.
De bar em bar
A cantora que iniciou a carreira na adolescência, apresentando-se em bares da cidade, não chegou a ser muito conhecida pelo brasiliense. Em 2002, ao assistir a um show de Ivan Lins no Clube Naval, foi apresentada ao tecladista Marco Brito. Logo começaram a namorar. “Naquele ano mesmo, fui para o Rio de Janeiro morar com o Marco. Fiz alguns contatos e passei a dar canjas em bares da Barra da Tijuca”, lembra.
Numa dessas vezes, Greice teve na plateia o multi-instrumentista Márcio Montarroyos, que, entusiasmado com o que ouviu, a convidou para participar do show que faria no Cais do Oriente, no Centro do Rio, e passou a falar dela para outros músicos. “Certa vez, o Marco estava tocando no Espírito das Artes, na Cobal do Humaitá, e fui vista pelo Leonardo Amuedo, da banda do Ivan Lins, que soube de mim pelo Léo. Aí fiz chegar ao Ivan uma demo com Seu olhar, e ele gostou bastante”, revela.
Quem também tomou conhecimento de Greice por meio da demo foi o jornalista e produtor Nelson Motta. “Assim que o CD chegou às mãos dele, Nelson comentou que ficara impressionado, principalmente com Todo embaçado e só (Ricardo Ribeiro, Alessandro Lustosa e Ana Flávia Garcia). Tanto que a tocou no Sintonia fina, programa que apresenta na rádio MPB FM, aqui no Rio (em Brasília é retransmitido pela Verde-oliva FM).”
CD de estreia
O primeiro disco da brasiliense, Ao som de Greice Ive, saiu pela Indie Records há dois anos. “Fui indicada pelo Ivan (Lins) à gravadora, pela qual gravei um CD de releituras.” Entre as 12 faixas estão Refazenda (Gilberto Gil), Outono (Djavan), Desculpe o auê (Rita Lee), Quase um segundo e Saber amar (Herbert Vianna).
Num show que fez no Teatro Rival, em 2009, ela foi assistida por Ricardo Leão e Yuri Cunha, produtores do Som Brasil, da TV Globo, que depois a convidaram para participar do especial sobre Os Paralamas do Sucesso. “Cantei três músicas, Meu erro, Uma brasileira e Quase um segundo. A repercussão foi bem legal, pois me fez mais conhecida”, comenta.
No momento, Greice está finalizando o segundo CD, no qual a metade das músicas é de sua autoria. Há parcerias com Dudu Falcão, Jorge Vercillo e Ivan Lins, e releituras como as de É o que interessa (Lenine e Dudu Falcão) e Descobridor dos sete mares (Michel e Gilson Mendonça), sucesso de Tim Maia. A cantora espera lançá-lo até o fim de outubro e está negociando a comercialização com uma gravadora. “Entre 16 deste mês e 8 de outubro, vou cumprir temporada às quintas-feiras no Rio Rock Blues, na Lapa. Quando o disco sair, quero levar o show a Brasília”, adianta.
Greice agora aposta em repertório autoral, composto com parceiros como Ivan Lins e Jorge Vercillo |
Na semana passada, uma outra música interpretada por Greice foi parar em trilha sonora. Seu olhar, do compositor e cantor candango Paulo D’Jorge, pode ser apreciada na nova fase de Malhação. “Ninguém pode negar a importância das trilhas de novelas, que surgem como uma poderosa mídia. Quem consegue chegar a ela, com certeza, tem sua voz e seu trabalho ampliados”, comemora a cantora.
Greice, porém, não esconde a surpresa por ter emplacado essas duas canções em trilhas de novelas globais. “Soube que a produção da Globo tomou conhecimento das músicas por meio de um CD demo que extraí da gravação de um DVD feita no Teatro Rival (no Rio), depois distribuído entre amigos e profissionais do meio. Ao decidir pela inclusão delas nas trilhas de Passione e Malhação, entraram em contato com a C2 Produções, empresa que cuida dos meus interesses, solicitando a liberação”, conta.
De bar em bar
A cantora que iniciou a carreira na adolescência, apresentando-se em bares da cidade, não chegou a ser muito conhecida pelo brasiliense. Em 2002, ao assistir a um show de Ivan Lins no Clube Naval, foi apresentada ao tecladista Marco Brito. Logo começaram a namorar. “Naquele ano mesmo, fui para o Rio de Janeiro morar com o Marco. Fiz alguns contatos e passei a dar canjas em bares da Barra da Tijuca”, lembra.
Numa dessas vezes, Greice teve na plateia o multi-instrumentista Márcio Montarroyos, que, entusiasmado com o que ouviu, a convidou para participar do show que faria no Cais do Oriente, no Centro do Rio, e passou a falar dela para outros músicos. “Certa vez, o Marco estava tocando no Espírito das Artes, na Cobal do Humaitá, e fui vista pelo Leonardo Amuedo, da banda do Ivan Lins, que soube de mim pelo Léo. Aí fiz chegar ao Ivan uma demo com Seu olhar, e ele gostou bastante”, revela.
Quem também tomou conhecimento de Greice por meio da demo foi o jornalista e produtor Nelson Motta. “Assim que o CD chegou às mãos dele, Nelson comentou que ficara impressionado, principalmente com Todo embaçado e só (Ricardo Ribeiro, Alessandro Lustosa e Ana Flávia Garcia). Tanto que a tocou no Sintonia fina, programa que apresenta na rádio MPB FM, aqui no Rio (em Brasília é retransmitido pela Verde-oliva FM).”
CD de estreia
O primeiro disco da brasiliense, Ao som de Greice Ive, saiu pela Indie Records há dois anos. “Fui indicada pelo Ivan (Lins) à gravadora, pela qual gravei um CD de releituras.” Entre as 12 faixas estão Refazenda (Gilberto Gil), Outono (Djavan), Desculpe o auê (Rita Lee), Quase um segundo e Saber amar (Herbert Vianna).
Num show que fez no Teatro Rival, em 2009, ela foi assistida por Ricardo Leão e Yuri Cunha, produtores do Som Brasil, da TV Globo, que depois a convidaram para participar do especial sobre Os Paralamas do Sucesso. “Cantei três músicas, Meu erro, Uma brasileira e Quase um segundo. A repercussão foi bem legal, pois me fez mais conhecida”, comenta.
No momento, Greice está finalizando o segundo CD, no qual a metade das músicas é de sua autoria. Há parcerias com Dudu Falcão, Jorge Vercillo e Ivan Lins, e releituras como as de É o que interessa (Lenine e Dudu Falcão) e Descobridor dos sete mares (Michel e Gilson Mendonça), sucesso de Tim Maia. A cantora espera lançá-lo até o fim de outubro e está negociando a comercialização com uma gravadora. “Entre 16 deste mês e 8 de outubro, vou cumprir temporada às quintas-feiras no Rio Rock Blues, na Lapa. Quando o disco sair, quero levar o show a Brasília”, adianta.
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